No dia 27 de setembro a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizou a 14ª rodada de licitações de blocos para a exploração e produção de petróleo e gás natural, após uma série de mudanças jurídico-regulatórias no setor. A rodada ofertou ao todo 287 blocos de exploração, que juntos contabilizam uma área de aproximadamente 123 mil Km².
A 14ª rodada de licitações realizada pela ANP foi encerrada com a obtenção do maior bônus de assinatura total da história. Nela foram ofertados ao todo 37 blocos para exploração e produção, dos quais 10 foram arrematados por empresas nacionais e 7 por empresas estrangeiras. Além disso, vale ressaltar que esta é a primeira rodada realizada após uma série de modificações realizadas com a finalidade de simplificar as normas existentes no regime regulatório brasileiro. Dentre as modificações podemos citar:
- Redução dos requisitos de Conteúdo Local;
- Royalties com valor diferenciado para áreas de nova fronteira e bacias maduras;
- Adoção de fase de exploração única.
Abaixo segue um resumo dos ofertantes e blocos arrematados:
Apesar dos números de ofertas e arremates não muito elevados se comparados com outras rodadas, tal como a 13ª onde houve um total de 37 blocos arrematados, o valor arrecado em bônus alcançou uma marca histórica de R$ 3,84 bilhões. Somente o consórcio Petrobrás e Exxon pagou R$ 3,4 bilhões por blocos localizados na chamada “franja do pré-sal”, área adjacente ao pré-sal. Especialistas entrevistados levantam que a principal hipótese para a aquisição de tal bloco tenha sido a de que a área seja uma continuação da formação geológica do pré-sal. Segue abaixo um quadro resumo dos valores pagos em bônus na 14ª rodada:
(fonte: ANP)
Além das áreas do pós-sal ofertadas no dia 27 de setembro, a ANP realizará no dia 27 de outubro a 2ª e 3ª rodada do pré-sal, área onde localizam-se os 10 principais poços produtores de petróleo e gás natural do país atualmente. Os resultados obtidos na 14ª rodada fortalecem as expectativas com o que acontecerá no mês de outubro, data que pode marcar uma mudança de perspectiva para o setor de petróleo e gás natural no Brasil.
(Imagem: Portal Brasil)