Conforme definido pela norma ABNT NBR 5462, manutenção é a “combinação de todas as ações técnicas e administrativas, incluindo as de supervisão, destinadas a manter ou recolocar um item em um estado no qual possa desempenhar uma função requerida”, podendo incluir também uma modificação do item. O conceito de manutenção pode ser dividido, basicamente, em três:
Manutenção Preventiva: manutenção efetuada em intervalos predeterminados, ou de acordo com critérios prescritos, destinada a reduzir a probabilidade de falha ou a degradação do funcionamento de um item. São exemplos de manutenção preventiva as ações de manutenção previstas nos manuais de equipamentos e definidas pelos fabricantes, tais como a troca de óleo lubrificante e componentes, como selos e gaxetas, antes que ocorra a falha.
Manutenção Preditiva/Controlada: manutenção que permite garantir a qualidade de serviço desejada, com base na aplicação sistemática de técnicas de análise, utilizando-se de meios de supervisão centralizados ou de amostragem, para reduzir ao mínimo a manutenção preventiva e diminuir a manutenção corretiva. A inspeção termográfica de um painel elétrico pode ser considerada uma manutenção preditiva, uma vez que seu objetivo é prever uma possível necessidade de ação de manutenção antes que o equipamento venha a falhar.
Manutenção Corretiva: manutenção efetuada após a ocorrência de uma pane destinada a recolocar um item em condições de executar uma função requerida. Esse é o caso de necessidade de ação após a falha do equipamento ou de um item constituinte, como ocorre quando uma bomba elétrica apresenta vazamento. É necessário substituir seu selo para que a falha cesse.
Já o termo “reparo”, conforme definido pela norma, é a “parte da manutenção corretiva na qual são efetuadas as ações de manutenção efetiva sobre o item, excluindo-se os atrasos técnicos.”.
Na leitura do RBNA Consult, toda ação que ocorre em uma manutenção corretiva para fins de corrigir uma falha é classificada como reparo, sendo assim, o reparo faz parte da manutenção. Percebe-se que, em uma manutenção preventiva ou preditiva, o conceito de reparo não é aplicável, visto que não houve falha. É importante notar que quando se substitui um item para melhorar a capacidade de um sistema, ou seja, quando se faz uma melhoria técnica, essa ação não é considerada um reparo.
São exemplos de reparo a substituição de uma chapa avariada, um selo de uma bomba que vaza, um cabo elétrico queimado, um mancal trincado e a retífica de um eixo.
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